sábado, 2 de julho de 2011

Corte e estampa: primavera 2012 para homens


Giorgio Armani: Essa coleção, leve como uma brisa de primavera em Pantelleria, está repleta de jaquetas leves que acompanharão o homem Armani do café da manhã diretamente até seu digestivo pós-jantar. O estilista, como muitos outros nesta temporada, mostrou fascinação por estampas tradicionais da moda masculina como chevron, quadriculado, xadrez e risca de giz. Ele salpicou essas estampas sobre jaquetas leves, desconstruídas, por vezes plissadas, e combinando-as com calças lisas ou estampadas. Armani disse que seu objetivo era “alongar e racionalizar” a silhueta com o uso de estampa em camisas e calças, contrastando com jaquetas leves simples ou transpassados.

As calças variam de justas a largas com forquilha caída, enquanto as malhas, algumas em estampa xadrez desbotada, também desempenharam um grande papel, camufladas sob as jaquetas variadas. O homem elegante e sempre tranquilo de Armani não ficará desamparado na primavera.

Versace: Coloque seus óculos escuros e abra a Ketel One: o velho e arrogante Versace está de volta e, nossa, como isso é bom. Essa coleção está tão brilhante quanto um bando de flamingos contra um céu azul, com muitas jaquetas de couro espalhafatosas e camisas de seda estampadas, um retorno bem-vindo ao auge de Gianni Versace dos anos 90. Há também cuecas e sungas sensuais e não vamos esquecer de todas aquelas jaquetas de couro com tachas douradas embaralhadas, outra característica de Versace. “Está tudo ali. É uma celebração do que sinto”, disse Donatella Versace, que acaba de fechar contrato com a H&M para criar uma coleção temática para o feriado. A passarela tremeu com as cores elétricas, mas Versace também apresentou ternos de dois botões escuros com já sendo apresentados pelo casaco de nova silhueta, e algumas peças tradicionais da moda masculina. As únicas falhas foram as calças e jaquetas enfeitadas com fivelas pesadas.

Dsquared2: Dean e Dan Caten, gêmeos canadenses que moram em Milão, ganharam créditos para a Europa com uma passagem às vezes rápida, às vezes deslocada pelo estilo continental. Um cenário bacana giratório anunciou paradas em Florença, um porto de pesca escandinavo, um show de rock em Londres e na ilha grega de Mykonos, onde o código de vestimenta ficou muito discreto nas sungas estampadas com pequenos papagaios. O show chegou ao clímax com quatro dançarinos contorcionistas desfilaram na passarela de salto alto, couro em spray e paetês. Bastante hard core para um show de manhã, às 9h30. As roupas mais dignas de uso incluíam blazers de algodão ousados e calça cáqui colorida, jaquetas de couro estilo rock 'n’ roll com lapelas cravejadas, peacoats de verão estilo náutico e roupas externas forradas. Foi uma viagem divertida e colorida com um fundo comercial.

Brioni: Brioni montou um havana para sua coleção inspirada na Cuba dos anos 1950. A primavera foi realmente destacada, das jaquetas de jiboia superfinas a jaquetas desconstruídas e de ombros desalinhados em sedas coloridas com lapelas costuradas a mão, ou um smoking branco leve como uma pluma. Camisas em piquê de seda com estampas tropicais também lembravam o período nos desenhos de Brioni. O homem de Brioni ainda busca a elegância formal, mas com vontade de se divertir.


Moschino: Elvis Presley foi ressuscitado na Moschino com camisas e calças de estampa floral 'Blue Hawaii’, jaquetas de couro cravejadas de strass e ternos 'Viva Las Vegas’ brilhantes. O que trazia a coleção de volta à terra eram peças mais do dia a dia, como um terno militar marrom, uma referência aos dias de exército do cantor, bem como cardigans estampados com cartas de baralho, calças de algodão básicas, bermudas e camisas de boliche com um “M” bordado.

Ports 1961: Essa coleção de toque geométrico, com predominância nos tons azul-marinho e branco, caracterizados nos suéteres de fios de algodão e fibra, sobretudos com forros e cortes intrigantes e jaquetas transpassadas alongadas.

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